Coffee and Madness

domingo, novembro 20, 2016

Koh Phi Phi

Oh Phi Phi, como a tua beleza é impossível de esquecer... As praias tropicais, as águas azul turquesa, as paisagens de cortar a respiração. Um fascínio que vai além do que os nossos olhos vislumbram, criando a ilusão de um paraíso na terra.

É frequente associar as Phi Phi a uma única ilha - à mais badalada Koh Phi Phi -, mas a verdade é que são um conjunto de seis ilhas, no sul da Tailândia. Das Koh Phi Phi fazem parte as ilhas Phi Phi Don e Phi Phi Ley, as únicas possíveis de estadia. O acesso é por ferry, com horários muito limitados, a partir de Krabi ou Phuket. A viagem demora sempre mais tempo do que prometem, o que até acaba por ser bom pois dá para carregar as baterias. Mas convém ir com alguns Baths no bolso porque é exigida uma taxa de entrada aos turistas, a qual ajuda a colmatar os desastres ecológicos na ilha (pois é, nem tudo é perfeito).

Para quem vem da agitação de Bangkok, Phi Phi Don transmite aquela sensação de um mundo à parte. Completamente lotada de estrangeiros, contam-se pelos dedos quantos são locais. Muitos estão só de passagem, outros ficam mais que o planeado e ainda há os que nunca se conseguem despedir. Respiram-se vibrações positivas e os sorrisos, bem como a boa disposição, são habituais. Não se espantem se não virem um único carro, pois é um local muito "prático", onde tudo é próximo e caminhar torna-se quase uma terapia (claro que para os mais preguiçosos há sempre a solução das motas ou bicicletas). É um destino muito cobiçado tanto pela procura da tranquilidade, como da aventura ou até mesmo da loucura. De dia, explorar a ilha é sempre um bom plano ou então mergulhar nas águas cristalinas de Phi Phi Ley. O pôr-do-sol em qualquer ponto da ilha tem o seu encanto. A noite não podia deixar de ser vivida ao típico estilo tailandês, que para nós se traduz na célebre expressão young, wild and free.
Quem vai, dificilmente volta indiferente, pois este pedaço de céu sabe como cativar!

Must do in Koh Phi Phi:
◇ Ganha um bronze em Long Beach, Nice Beach e Loh Dalum Beach
◇ Desfruta da paisagem e da brisa no View Point
◇ Explora o centro da ilha
◇ Relaxa com uma massagem tailandesa
◇ Se fores aventureiro não deixes de ir a Maya Bay (onde foi filmado o filme "A praia") e à Monkey Beach
◇ Experimenta fazer snorkeling (não vais querer outra coisa)
◇ Vê o pôr-do-sol, todos os dias
◇ Diverte-te nas loucas festas em Loh Dalum Beach
◇ Se quiseres ficar de ressaca o ideal é o bucket

segunda-feira, outubro 31, 2016

Bangkok

Bangkok, a capital da Tailândia, é uma confusão - trânsito, multidões, poluição -, mas é o que faz dela uma cidade tão icónica. Aqui encontram um número infinito de templos, pelo que é aconselhável fazer uma seleção (e esqueçam as pernas e os ombros à mostra). Street food é em cada canto e esquina, assim como os tão famosos tuk-tuk. É fácil perderem-se pelo que é uma cidade cheia de vida e cor, sendo que na tão conhecida Khao San Road tudo é possível, li-te-ral-men-te! Ah, e preparem-se para regatear!

Na minha opinião, talvez não seja dos locais mais indicados para quem procura alguma tranquilidade e, acima de tudo, alcançar algo mais espiritual. Porque além de ser o centro político, financeiro e cultural da Tailândia, é uma cidade caótica - tudo chama pela nossa atenção, desde a desordem do trânsito, à comida de rua que os nossos olhos quase que devoram, aos persistentes condutores dos tuk-tuk, às diferentes pessoas que vão cruzando o nosso caminho. O facto é que é uma cidade, aliás um país, que, para além da conhecida instabilidade política, vive principalmente das receitas do turismo, por isso o contraste entre as atrações turísticas e o resto da cidade é evidente. Mas a par disso, é uma cidade sem tabus, que nos seduz os sentidos e onde tudo se vive a mil.

Must do in Bangkok:

◇ Visita os principais templos (Grand Palace & Wat Phra Kaew, Wat Pho, Wat Saket, Wat Arun)

◇ Anda de tuk-tuk

◇ Faz o percurso de barco no mercado flutuante (Floating Market)

◇ Come o típico prato "Pad Thai"

◇ Delicia-te com a dragon fruit

◇ Bebe todos os sumos de fruta que conseguires
◇ Vive a frenética Khao San Road

◇ Se tiveres coragem prova escorpiões, aranhas ou lesmas
◇ Dá um passeio pela Chinatown (se quiseres fugir à confusão fá-lo de tuk tuk)

◇ Desfruta de uma noite no Sky Bar, do famoso filme "A Ressaca"
◇ Aperfeiçoa as tuas skills de regatear

quinta-feira, outubro 27, 2016

Thailand

quinta-feira, outubro 13, 2016

#iwashere

É difícil, perante uma página em branco, escrever sobre emoções que nos enchem o coração, nos acalmam a alma e que queremos reviver como se fossem ontem. Por vezes guardamo-las só para nós com medo de se perderem. Foi o que me aconteceu. Várias vezes tentei transportá-las para o papel, mas sem sucesso. Nem sequer queria pensar sobre elas para não as danificar. Mas após alguns meses de silêncio decidi voltar a dar vida a este espaço, com algo tão especial e quase impossível de se traduzir em palavras.

Este verão decidi envolver-me num projeto de voluntariado na Indonésia, na vertente educacional, ou seja, dar aulas de inglês básico a crianças entre os 6 e os 12 anos. Não me perguntem porquê a Indonésia, mas na hora de decidir senti que era lá que devia estar.

Posso-vos já dizer que foram as 6 semanas mais gratificantes da minha vida. No entanto, também não vou mentir ao dizer que as expetativas que tinha eram irracionalmente altas e, à custa disso, senti algumas frustrações. Mas quando vi, pela primeira vez, aqueles olhinhos castanhos escuros, cintilantes e cheios de vida, tudo o resto deixou de importar - foi por eles que atravessei o mundo.

Estive em duas escolas diferentes - uma escola voluntária e outra pública - e, a par disso, ainda dei o meu contributo numa organização que apoia crianças que não têm acesso às condições de vida básicas. São três realidades completamente diferentes, mas confesso que as crianças mais genuínas, sorridentes e humildes são as que conseguem encontrar a felicidade naquilo que nós achamos “nada”.

Foi a experiência de uma vida. Os quase 40 graus que todos os dias me derretiam, a transpiração que passou a ser um estado normal, os banhos de água fria que sabiam a mel no final do dia, tornaram-se nas banalidades do dia-a-dia. O diferente era todos os dias chegar à escola e ser recebida por aqueles miúdos com sorrisos gigantes e abraços, que só nos fazem querer ficar. Corriam para um olá e caminhavam até ao fim da rua para um até amanhã.

O adeus não é fácil. Pensei que custaria menos, mas confesso que tive que conter as lágrimas. É incrível como com tão pouco conseguimos conquistar alguém…

Trouxe comigo as melhores recordações que alguma vez poderia ter, sempre com a esperança de um dia voltar.